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O Projeto de Memória Negra do AEL Unicamp, em parceria com o Afro-Cebrap e o Cemi-Unicamp, lançam o I Arquivo Brasileiro de Hip-Hop, dia 12 de novembro às 19 horas, nos canais do IFCH Unicamp.

A mesa de lançamento faz parte da Programação da Unicamp Afro 2021 e contará com a presença do historiador King Nino Brown (doador do acervo inaugural) e da rapper Sharylaine.

A Unicamp, primeira universidade estadual de São Paulo a adotar ações afirmativas, dá mais um passo importante na valorização da diversidade e dos múltiplos saberes que formam a sociedade brasileira. No dia 12/11, instituído como Dia Mundial da Cultura Hip-hop, a universidade inaugura o I Arquivo Brasileiro de Hip-hop, iniciativa que integra o Projeto de Memória Negra do AEL Unicamp, uma construção conjunta com Afro-Cebrap e que agora conta com a participação do Cemi-Unicamp.

Esta iniciativa tem início com o acervo de King Nino Brown, historiador autodidata e militante do movimento Hip-hop. Seu acervo integra materiais desde a memória dos Bailes Black, nos anos 1970, a chegada do Hip-hop, ocupação dos espaços públicos por esse movimento e a construção de espaços institucionais, como as Casas de Hip-hop.

Em vários lugares do mundo existem arquivos, centros de estudos e acervos sobre hip-hop que estão conectados com demandas da sociedade, especialmente de juventudes periféricas e não-brancas que têm sido alvo de múltiplas vulnerabilidades. Podemos citar como exemplos: The Hiphop Archive Research Institute”, na Harvard University, “The Hiphop Collection”, na Cornell University, “Hiphop Literacies Annual Conference”, na Ohio State University, “Tupac Shakur Collection”, na Atlanta University Library, CIPHER: Hip Hop Interpellation, na University Cork College, La Place – Centre Culturel hip-hop de la Ville, em Paris, entre outros.

Diversas pessoas que se engajaram ao longo da história do hip-hop brasileiro têm acervos pessoais sobre a consolidação e desenvolvimento deste movimento no país, os quais apresentam interfaces com clubes sociais negros, movimento negro, articulação política das juventudes das periferias e movimentos sociais e que podem integrar o nosso primeiro arquivo público.

Esses materiais contribuem para a compreensão das experiências periféricas e negras no Brasil e elucidam contextos e acontecimentos históricos importantes. Ainda não houve um esforço de organização e sistematização dessas coleções e, em alguns casos, estão sendo desgastados, descartados e/ou esquecidos. Considerando a importância desses acervos para a memória negra do país e, também, ao chamado pensamento social brasileiro, dá-se início ao I arquivo brasileiro de hip-hop.

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