A Diretoria Executiva de Direitos Humanos apresenta: África Semente com Graciela Soares


A Diretoria Executiva de Direitos Humanos apresenta: África Semente, de Graciela Soares, como uma forma de dar boas-vindas a sociedade da Unicamp e celebrar a vida comunitária!

O show é composto por canções autorais da cantora paulistana Graciela Soares, mescladas com canções de artistas referência em sua trajetória. Dança, textos, arranjos vocais e percussão corporal são elementos utilizados na narrativa do show, que tem como disparador as vivências da cantora enquanto artista, mãe e mulher
preta criada na periferia.

Sobre a artista:
Mãe, professora de voz, educadora musical, cantora e compositora. Formada em canto popular pela EMESP e bacharel em canto popular pela UNICAMP. Como artista, carrega em sua performance elementos do canto, atuação e dança, participou de diversos espetáculos musicais como Logun Edé – Uma pequena Yorubópera; Estilhaço com o grupo Afrikanizar; ECOA, das bailarinas Cristina Santos e Tabata Yara; e ainda do Imale Inu Yagbá, da bailarina Adnã Alves, para o qual também compôs a trilha sonora.

Data: 20/04
Horário: 17h30
Local: Teatro de Arena – Ciclo Básico – Unicamp

O que é Sustentabilidade? Construindo Sociedades Sustentáveis


Contamos com a sua participação no segundo evento da Trilha de Sustentabilidade, que acontecerá no dia 29/03, às 9h30, próxima quarta-feira, no Auditório da Educorp.

A Trilha, lançada com a participação de Ailton Krenak há alguns dias, está trazendo neste ano diferentes atores e perspectivas sobre os seguintes temas: o que é Sustentabilidade, emergência climática, consumo sustentável, educação ambiental, resíduos, soberania alimentar, segurança energética e mobilidade sustentável.

Nosso próximo encontro será uma Roda de Conversa que abordará a sustentabilidade a partir de diferentes perspectivas. Nossos convidados serão:

  • Carmen Silva, Co-fundadora do Movimento dos Sem-Teto do Centro-MSTC, urbanista, mãe e professora,

  • Luiz Katu, Cacique Potiguara da Aldeia Catu-Goianinha/Canguaretama, Coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do RN (APIRN) e professor indígena e

  • Rafaela Santos, Quilombola e Advogada da EAACONE (Equipe de Articulação e Assessoria das Comunidades Negras do Vale do Ribeira/SP

A roda de conversa contará com a mediação dos professores Andreas Gombert (FEA/Unicamp) e Sandro Tonso (FT/Unicamp).

A Trilha de Sustentabilidade é uma parceria da Escola de Educação Corporativa da Unicamp – EDUCORP, da Diretoria Executiva de Direitos Humanos – DeDH, por meio da Comissão Assessora de Mudança Ecológica e Justiça Ambiental – CAMEJA, e da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado – DEPI. Durante este ano de 2023, promoverá ações na universidade para divulgar, disseminar e engajar toda a comunidade e a sociedade nas diferentes frentes em que a Unicamp tem atuado no campo da Sustentabilidade.

Participe ao vivo também pelo canal da Educorp no Youtube.

Calourada Negra Unicamp: Semana Imersiva MABEA


Estudantes negros e cotistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) terão uma semana imersiva no Museu Afro Brasil “Emanoel Araújo”, em São Paulo. O evento, intitulado “Calourada Negra Unicamp”, ocorrerá nos dias 16 e 17 de março, das 10h às 16h, e é gratuito.

Durante a imersão, os participantes farão uma visita educativa ao museu e terão acesso a uma aula aberta com o tema “Das cotas ao museu: memória e representação política negra”. A iniciativa tem como objetivo destacar o protagonismo e as contribuições dos negros na arte, na cultura e na história, a partir da reflexão sobre “quem negro foi e quem negro é”.

O evento é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Museu Afro Brasil Emanuel Araújo, Unicamp, Pró-reitoria de Graduação (PRG), Pró-reitoria de Extensão e Cultura (ProEC), Comissão Permanente de Vestibulares (Comvest) e Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH).

O Museu Afro Brasil “Emanoel Araújo” está localizado no Parque Ibirapuera, portão 10, em São Paulo.

Mais informações: proec@unicamp.br


Olhar para o mundo e ver que não somos só passageiros e que nossa existência depende diretamente das nossas ações do agora é entender que Sustentabilidade não fala só de flora e fauna, também fala de sobrevivência do ser humano.

A Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, quando adere aos ODS (objetivos do desenvolvimento sustentável) da ONU e estabelece a sustentabilidade como eixo transversal no seu planejamento estratégico, demonstra para a sociedade que não está desatenta desse olhar, e se movimenta para gerar um mundo mais justo com o ser humano e com o ambiente.

O que é desenvolvido, o que é pesquisado, o que é estudado, o que é aplicado, o que é gestado dentro da Universidade para que isso aconteça?

A Escola de Educação Corporativa da Unicamp – EDUCORP, a Diretoria Executiva de Direitos Humanos – DeDH, por meio da Comissão Assessora de Mudança Ecológica e Justiça Ambiental – CAMEJA, e a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado – DEPI, realizarão em 2023 ações nos seus campi para divulgar, disseminar e engajar toda a comunidade e a sociedade nas frentes em que tem atuado.

No dia 10/03, haverá o lançamento desta Trilha de Sustentabilidade, que nos levará a caminhar entendendo que nossas ações resultarão em mudanças ao futuro da nossa espécie. Para esse importante evento, contaremos com a participação de Ailton Krenak, escritor, jornalista, ambientalista e líder indígena. Krenak é doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora e comendador da Ordem de Mérito Cultural da Presidência da República. É ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, organizador da Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia.

Ao longo deste ano, durante a Trilha,  falaremos sobre: o que é Sustentabilidade, emergência climática, consumo sustentável, educação ambiental, resíduos, soberania alimentar, segurança energética  e mobilidade sustentável.

III PRADH – Inscrições até 12/02


Toda ciência produzida deve estar comprometida com a dignidade e a sustentabilidade da vida: esse é o mote do III PRADH – Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos Unicamp – Instituto Vladimir Herzog, cujas inscrições foram prorrogadas até 12/02/2023.

O prêmio contempla pesquisas acadêmicas realizadas em instituições públicas de ensino e pesquisa sediadas no Estado de São Paulo em todas as áreas do conhecimento que contribuem para a proteção e a defesa do direito à vida, para a dignidade humana e a justiça social e que sejam exemplo de defesa da liberdade e responsabilidade da ciência na melhoria da humanidade.

Serão concedidos prêmios a pesquisas  de graduação, mestrado e doutorado, encerradas e aprovadas em 2022, nas seguintes categorias:

Ciências exatas, engenharia e tecnologia;
Ciências biológicas e da saúde;
Ciências humanas, sociais e econômicas;
Artes, comunicação e linguagem;
Educação.

 

A professora Josianne Cerasoli, Presidente da Comissão Organizadora do PRADH e Coordenadora do Observatório de Direitos Humanos da Unicamp, em reportagem para a Rádio Unicamp, comenta: “Se compreendemos direitos humanos em seu sentido mais atual e profundo, entendemos que ele vai além das garantias individuais, ao tomar a existência humana como inseparável de todas as demais existências do planeta.”

A professora, ainda, explica a importância de um prêmio que reconheça essa relação fundamental entre ciência e direitos humanos:

“Essa parceria entre a Unicamp e o Instituto Vladimir Herzog, organização de decisiva atuação na defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão, não espera menos que uma ciência de impacto social, ou seja, uma ciência que promova, efetivamente, a dignidade da vida em todas as suas formas de existência, e alimente a justiça social, que seja exemplo na defesa da liberdade e da responsabilidade da ciência na melhoria da humanidade. Afinal, o contrário de ‘parcialidade’ em ciência não é ‘neutralidade’, mas integridade e respeito. É essa pesquisa engajada que queremos premiar e fortalecer.”

Para realizar as inscrições, acesse o formulário de inscrição, que ficará disponível até 12/02/2023. 

Inscreva-se e divulgue!

Unicamp Afro 2022 África e Diáspora


A multiplicidade do Unicamp Afro 2022

Neste ano de 2022, é com grande satisfação que vemos boa parte da universidade mobilizada para o Novembro Negro, ou Unicamp Afro, ou o mês da Consciência Negra e a reverência a Zumbi dos Palmares. São múltiplas as iniciativas e os eventos previstos para o mês de novembro, desde feiras culturais a reflexões teóricas, com mesas, conversas, oficinas seminários, exposições, manifestações artísticas. Participam órgãos como o GGBS, o Sindicatos dos Trabalhadores da Unicamp, Coletivos Negros, enfim, a comunidadade acadêmica como um todo. Uma grande variedade de programação e esforços para celebrar e refletir sobre questões da negritude.

A Diretoria Executiva de Direitos Humanos, em associação com a ADUNICAMP, também se mobilizou para oferecer à comunidade uma programação que intentou trazer a arte e o pensamento filosófico para reflexões sobre o mundo que vivemos. Seria possível um mundo de relações diferentes? Essa não seria uma tarefa das universidades, pensar e tentar o diferente?

Tudo começou em abril de 2022, quando em conversa com meu colega e amigo antropólogo Omar Ribeiro Tomaz do IFCH, contei a ele sobre minha intenção de buscar nas manifestações artísticas a reflexão sobre novas possibilidades de relações. Há algum tempo, ele desejava fazer uma mostra de filmes do cineasta Raoul Peck na universidade, por ele ser haitiano e o professor Omar um especialista na história e cultura haitianas. Concordei na hora e ele foi atrás dos contatos.

Uma curiosidade: conheci o professor Omar no Haiti. Estávamos lá no início de 2010, logo após o terremoto. Eu convocada pelo Ministério da Saúde brasileiro pela experiência anterior no país e o professor Omar da mesma forma, por sua experiência no sistema de ensino haitiano. Ele e seus colegas fizeram à época o mais detalhado inventário sobre a destruição das escolas, especialmente as de ensino superior do Haiti e, a partir de então, trouxe muitos estudantes para finalizarem seus estudos no Brasil e fugir da terra arrasada que se tornou a região do Porto Príncipe. Anos depois, aqui estamos a aproveitar a oportunidade do trabalho conjunto.

A outra ideia que julgamos adequada e colocamos em curso foi a de trazer o professor Achille Mbembe, historiador e filósofo camaronês, pela oportunidade de ter os dois pensadores ao mesmo tempo na universidade e partilharem conosco discussões que fariam a partir da obra de Raoul Peck. Ainda, porque nosso país, carente de reconstrução que está, especialmente nas áreas da cultura, saúde, humanidades e colocar o valor das vidas, todas elas, no centro desse projeto, é uma discussão necessária. Nos pareceu uma oportunidade a não ser desperdiçada.

Assim, nos juntamos às outras iniciativas para celebrarmos as vidas negras, lembrar e lembrar e lembrar que as vidas negras importam e contar com a presença da nossa comunidade e as externas que se interessam pelo tema e aproveitar amplamente a variedade que pode se apresentar.

Em parceria com a Adunicamp, as atividades vão ocorrer a partir do dia 19/11, e além dos convidados internacionais teremos: visita guiada que irá passar por oito lugares de identidade da memória e resistência negras localizados no centro de Campinas; exposição de patuás de palavras do artista Fausto Antônio; lançamento do livro “Mulheres Negras Sim”, de Sandra Cassimiro; a encenação do monólogo “Arthur Bispo do Rosário, O Rei”, com o ator Roberto Boni; a mesa “O Futuro do Brasil: diálogos transdiciplinares”; a roda de conversa, com o tema “a sociedade inteira precisa se mobilizar diante do racismo e do preconceito!”, com Thais Cremasco. Para encerrar a semana, será apresentado o show com a Banda dos Homens de Cor e a abertura da exposição fotográfica do professor Fernando Tacca (IA/Unicamp).

Apresento um pouco estes visitantes, que vêm patrocinados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pelo Ministério Público do Trabalho de São Paulo da XV Região e a Adunicamp.

O professor Achille Mbembe, nascido em Camarões e atualmente baseado em Joanesburgo, África do Sul, é um dos principais pensadores do nosso tempo, especialmente da teoria política. Historiador, com doutorado na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França. Leciona na Universidade de Columbia, em Nova Iorque – EUA, é pesquisador de outros importantes centros acadêmicos pelo mundo. Dono de vasta obra sobre filosofia e política contemporânea. Um dos livros de grande sucesso no Brasil e muito utilizado na formação nas universidades brasileiras é o “Crítica à Razão Negra”. Um pensador sensível que dialoga profundamente com a tragédia social, econômica e humana que os povos precarizados pelo modelo econômico em curso no mundo globalizado impõe. Outras produções mais recentes que dialogam com essa violência são os livros traduzidos para o português, Necropolítica e Brutalismo. Especialmente no contexto da pandemia de Covid-19 ficou mais clara a política que aflorou em países que negligenciaram o combate à doença, negando evidências científicas, causando dúvidas e confusão na população e que não foram eficazes na disponibilização da vacina. O resultado dessa política da incompetência dirigida especialmente aos mais pobres foi a alta mortalidade, como no Brasil que tem a taxa relativa de mortes mais alta do mundo. Ter a oportunidade de estar com o professor Achille em diálogo franco e entre colegas de diferentes universidades brasileiras nos ajuda na formulação de novas estratégias para recuperação do tecido social brasileiro, tão esgarçado nos últimos anos. Dessa forma, poderemos também discutir com ele como recuperar o valor das vidas preciosas que orbitam a periferia do sistema para que sejam merecedoras da atenção das políticas públicas cidadãs.

Teremos ainda a mostra de filmes do consagrado diretor haitiano Raoul Peck, um dos nomes fundamentais do cinema contemporâneo, no documentário e na ficção, bem como na realização de séries televisivas. Peck lida criativa e criticamente com temas afro-diaspóricos, o que o torna um realizador com estilo contundente, nas relações entre arte e política. A política através da arte. Ele mesmo um refugiado, fugiu com sua família de seu país nos anos sangrentos da ditadura dos Duvalier para o Congo, na África. Depois foi com a família para a França e migrou para a Alemanha, onde estudou cinema. Hoje é presidente da prestigiosa escola de cinema francesa, Fémis.

Seus filmes nos apresentam este engajamento, como os sobre a vida de Patrice Lumumba (Lumumba, a morte do profeta, 1992; e Lubumba, 2000), e os longas-metragens a serem exibidos Fatal Assistance (Assistance Mortelle, 2013), Eu Não Sou Seu Negro (2017), Jovem Marx (2017), além da série televisiva Exterminate All The Brutes (2021). Certamente que há outros títulos instigantes desse cineasta necessário e contundente.

Um dos pontos altos e interessantes da visita desses dois pensadores é o diálogo proposto, a partir das obras de Raoul Peck, à luz do pensamento de Achille Mbembe. Uma oportunidade para a reflexão na universidade sobre os tempos que estamos vivendo.

Com o avanço da política de cotas étnico raciais na universidade é nítida a mudança que se inicia na composição da comunidade, hoje bem mais representativa do que ocorre na sociedade da região, do estado e do país. Esse avanço certamente é importante, desejado, mas ainda longe de representar um pensamento geral, um desejo coletivo. A universidade avançou muito nas políticas de permanência, porém, hoje a compreendemos como recursos necessários à permanência física na universidade, mas há necessidade de se avançar na permanência emocional, cultural, comunitária e política desses estudantes. Muito ainda há que se avançar para que os estudantes negros e indígenas sejam compreendidos na sua riqueza e não apenas em suas necessidades materiais e carências. Que outras alternativas de mundo precisamos colocar em marcha? Especialmente aquelas em que as pessoas sejam cidadãos de direitos, direito aos bens materiais necessários, mas também à felicidade, à proteção e respeito da comunidade.

Por ora, vamos aproveitar os eventos preciosos do Unicamp Afro 2022 e essas visitas tão significativas, que nos ajudem a seguir adiante garantindo uma universidade melhor, uma vida melhor a todos e todas.

Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022


Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

24 a 31 de outubro de 2022 – online na UNICAMP

Inscrições aqui

Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

24 a 31 de outubro de 2022 – online na UNICAMP

 

Apresentação

O evento Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022 foi pensado por um grupo de professores da UNICAMP – Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, Faculdade de Educação, Observatório de Direitos Humanos, Instituto de Estudos da Linguagem – em parceria com a USP, UNESP, UFU, UFAC, PUC-RS, UNIPAITER/Associação Metareilá do Povo Indígena Paiter Suruí, UNESCO-UNAOC UNITWIN on Media and Information Literacy and Intercultural Dialogue e International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance. Pretende contemplar a conjuntura brasileira de forma disciplinar, a partir de perspectivas filosóficas, e de forma interdisciplinar, convocando pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento: ciências humanas – filosofia, história, ciências sociais, ciências econômicas, comunicação social, psicologia, estudos literários, educação – e ciências médicas, exatas e da computação.

A partir de reflexões sobre o papel da Universidade frente à atual conjuntura brasileira, consideramos pertinente formarmos um grupo de trabalho ligado ao letramento midiático e informacional e ao diálogo intercultural.

Nossos objetivos são refletir sobre Conjunturas do Brasil, considerando necessidades que elaboramos conjuntamente como grupo de trabalho ligado ao letramento midiático e informacional e diálogo intercultural:

1) a necessidade de elaborarmos juntos redefinições e ampliações de nossos interesses a ponto de atender às reivindicações de outros grupos, contribuindo inclusive para o alargamento do escopo destas reivindicações.

2) Pensar em soluções de problemas sociais, pensando na dinâmica de desigualdade social que se acirra no período da pandemia no Brasil, acrescentando as dinâmicas do período eleitoral de 2022,

3) que o apelo à reflexão que estamos propondo conjuntamente auxilie a desvendar potencialidades de nossa época considerando processos democráticos;

4) Estimular a discussão em torno de traços recorrentes da política brasileira, remetendo-nos à análise acadêmica dessa problemática para promover compreensão e negociação na conjuntura atual.

5) Pensar a defasagem entre a eficácia e a vigência dos valores atuais disponíveis para lidar com memória, verdade e justiça no país, como um empreendimento coletivo.

A tensão entre a reflexão filosófica e as pressões sociais se mantém como  elemento central do evento na perspectiva de uma práxis intelectual que se articula e se envolve (cf. Ailton Krenak) com a realidade, com as comunidades e com o ecossistema. Esse entendimento do papel do intelectual na sociedade está bem elaborado na obra de Michel Debrun, particularmente no seu esforço de pensar a filosofia temática e a importância de compreender o fenômeno da auto-organização (Michel Debrun, 1982).

 

O Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural, como compreendido pela UNESCO (cf. Alton Grizzle), aponta para uma outra necessidade, a da construção de uma formação sistemática em letramento midiático, informacional e diálogo intercultural devido à importância do impacto da expansão das novas tecnologias de comunicação e informação, compreendendo o papel dos estudos da linguagem, dos processos de ensino e aprendizagem, da compreensão da convivência com as línguas e produção de conhecimento locais, incluindo no diálogo diferentes perspectivas que estão ao nosso redor.

 

A memória, a verdade e a justiça são elementos incontornáveis em uma prática de letramento midiático, de afirmação do acesso à informação, de diálogo entre diferentes no Brasil. Trata-se de uma primeira necessidade que identificamos para a construção de um programa brasileiro ligado ao MIL (Media and Information Literacy). Ao longo de nossa história percebemos uma compreensão autoritária em que estes elementos vêm sendo eficientemente modelados para manter uma relação desigual entre atores. Precisamos desvendar os princípios deste desequilíbrio e dialogar a respeito.

 

As mesas e conferências estão organizadas de forma a contemplar temas atuais e o diálogo com pesquisadores e atores sociais de outros campos. Os temas escolhidos convocam a pensar sobre a centralidade do papel da reflexão, da linguagem e da comunicação nos mais diversos contextos. O evento contará com 22 mesas-redondas, 2 exibições de filmes e 6 oficinas.

 

Apoio: Pró Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC/UNICAMP), Serviço de Apoio ao Estudante (SAE/UNICAMP), Coordenadoria dos Centros Núcleos de Pesquisa (COCEN/UNICAMP), Blog Eliara Santana, ZeitGeist, Ponte Preta Press, Xilomóvel e Psicologia & Africanidades.

 

Por que Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022?

Estamos convencidos de que os intelectuais (as pessoas com formação sistemática [ou não] que refletem sobre os rostos e as coisas do mundo) têm grande papel no debate público brasileiro. Entendemos que pode haver progresso no entendimento e no debate público de certas questões, sem a necessidade prévia de uma visão sintética do presente ou da história. Como diria Michel Debrun (1983), é uma discussão no varejo e não no atacado.

 

Estamos interessados em avançar nas discussões de temas, através de análises pormenorizadas de situações, dos meios disponíveis, das possibilidades, probabilidades e impossibilidades dos vetores em presença. Isso sem excluir o imbricamento com outras questões das mais diversas ordens. Estaríamos ultrapassando com certa audácia a ideia de que as políticas advindas de um bom senso amadurecido através do diálogo público (e aberto a questionamentos) podem vir a ser importantes para a cena política do Brasil hoje, e para nossa civilização. A audácia aqui é dizer que nós temos um papel social, e que podemos realizá-lo juntos através da reflexão em arena pública. Articulados com os princípios do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural, como proposto pela UNESCO, propomos diálogos sobre nossas conjunturas e nossas realidades no Brasil.

 

A liberdade dos agentes históricos no Brasil tem tradicionalmente sido frustrada, através de processos autoritários mobilizadores ou desmobilizadores. Uma questão que nos mobiliza neste projeto é a necessidade de articulação flexível dos cidadãos (cf. livre docência Debrun, 1982). O lugar de articulação, para nós, é a reflexão conjunta através do diálogo. Este é um traço do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Cultural desenvolvido reflexivamente pela UNICAMP em parceria com diferentes instituições de educação superior e atores sociais.

 

Metodologia

Escolhemos o fenômeno do “Conjunturas do Brasil” para discutirmos como estamos no presente momento no Brasil, quais atores fazem parte desse processo e como esses atores estiveram presentes. Quais as principais questões que compõem as diversas conjunturas do Brasil, quais são os principais elementos estruturantes, quais as perspectivas de superação.

Pautar o tema do presente em sua complexidade e abrangência, considerando os recursos do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural como um caminho para problematizar de maneira ampla o fenômeno do momento presente, e pensar os processos democráticos no Brasil pandêmico e pós-pandêmico.

Considerar criticamente em diálogo o papel da mídia, dos meios de comunicação, na formação do bom senso e do consenso, representações, concepções de realidades sociais, construções simbólicas, enfim a comunicação pública que não é colocada em pauta pela concentração dos meios de comunicação no país. 

Convidados

Adail Sobral (FURG)

Adriano Pawah Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)

Agnaldo Arroio (USP)

Alexandre Cadilhe (UFJF)
Alexandre Le Voci Sayad (International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance)

Alexandrina Monteiro (FE-UNICAMP)

Alireza Bastani (AIMEL, Irã)

Artur Scarvone (USP)
Amara Moira (BuzzFeed/Uol Esporte/Descomplica)

Anna Christina Bentes (UNICAMP)

Antonio Carlos Amorim (UNICAMP)

Carla Rodrigues (UFRJ)

Ciro Seije Yoshiyasse (Artista e Engenheiro)

Claudia Wanderley (UNICAMP)

Cristina Serra (Jornalista e Escritora)
Daniel de Mello Ferraz (USP)

Doto Takaire (Instituto Kabu)

Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)

Eugênio Bucci (USP)

Ewerton Machado (UFAC)

Fábio de Almeida Cascardo (Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ)

Filipe Campello (UFPE)
Francisco del Moral Hernandez (FATEC)

Gamalonô Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)

Gasodá Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)

Glenda Melo (UNIRIO)

Glês Nascimento (UFMT)

Ibrahim Kushchu (Turquia)

Itala D’Ottaviano (UNICAMP)

Ivana Bentes (UFRJ)

José Carlos Garcia (Juiz Federal TRF2 e AJD)

José Carlos Moreira da Silva Filho (PUCRS)

José Claudinei Lombardi (UNICAMP)

José Rodrigues Máo Jr. (Instituto Federal de SP)

Juliana Dal Piva (Jornalista)

Junia Zaidan (UFES)

Karla Bessa (UNICAMP)

Kátia Brasil (Amazônia Real)
Luciana Taniguti Bertarelli (Xilomóvel Ateliê Itinerante)

Luís Renato Vedovato (UNICAMP)

Manuela D’Ávila  (Instituto E Se Fosse Você?)

Maria da Conceição Oliveira (Blog Maria Frô/Revista Fórum)

Márcio Elias Santos (Xilomóvel Ateliê Itinerante)

Marina Mayumi Bartalini (Artista visual)

Marcelo Vicentim (UNICAMP)

Melillo Dinis (Instituto Lampião)

Mydjere Kayapó Mekrangnotire (Instituto Kabu)

Nayara Souza (UFMG)

Paula Vermeersch (UNESP)

Rachel Fischer (Africa do Sul)

Renê Silva (Favela do Alemão)

Rita von Hunty   (Tempero Drag)

Rosana Baeminger (UNICAMP)

Ricardo Ismael (PUC/RJ)
Rubens Naraikoe Suruí (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Rudolfo Lago (Congresso em Foco)

Sherri Culver (Temple University, EUA)

Simone de Arruda Peixoto (Xilomóvel Ateliê Itinerante)
Simone Batista da Silva (UFFRJ)

Simone Hashiguti (UFU)

Suzi Sperber (UNICAMP)

Takao Amano Advogado (Escritor)

Tiago Oyiteor Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)

Ubiratan Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)

Uraan Anderson Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)

Vera Vital Brasil (Psicóloga – Coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação do Rio de Janeiro (MVJR/RJ))

Wagner Romão (UNICAMP)

Wallace Gichunge (Centre for Media and Information Literacy – Kenya)
Walter Carnielli (UNICAMP)

 

Referências

Curso gratuito online Alfabetização Midiática, Informacional e Diálogo Intercultural UNESCO & UNICAMP (2019): https://pt.coursera.org/lecture/alfabetizacao-midiatica/alfabetizacao-e-letramento-midiatico-informacional-e-dialogo-intercultural-Y1gSV

DEBRUN, Michel Maurice. Filosofia política: Gramsci ; filosofia, política e bom senso. 1982. 260f Tese (livre docencia) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/281338

SANTANA, Eliara; MARI, Hugo. Midiativismo, imprensa e a questão da ideologia. In: BRAIGHI, Antônio Augusto; LESSA, Cláudio; CÂMARA, Marco Túlio (orgs.). Interfaces do Midiativismo: do conceito à prática. CEFET-MG: Belo Horizonte, 2018. P. 212-225. Disponível em: https://interfacesdomidiativismo.wordpress.com/2017/12/07/download-do-e-book/

SAYAD, Alexandre Le Voci. Idade Mídia: a comunicação reinventada na escola; prefácio Gilberto Dimenstein-  São Paulo: Aleph, 2011, ISBN 978-85-7657-119-3

UNESCO (2016). Marco de Avaliação Global da Alfabetização Midiática e Informacional: disposição e competências do país. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/portuguese_version_of_the_global_media_and_information_liter/>

UNESCO (2013). Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores. Disponível em https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000220418



Comissões

Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, Faculdade de Educação, Observatório de Direitos Humanos e Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP em parceria com a USP, UNESP, UFU, UFAC, PUC-RS, Psicologia & Africanidades, UNIPAITER – Associação Metareilá do Povo Indígena Paiter Suruí, UNESCO-UNAOC UNITWIN on Media and Information Literacy and Intercultural Dialogue e International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance.

 

Comissão Organizadora (ordem alfabética):

Claudia Wanderley  (CLE/UNICAMP (Presidente))

Alexandrina Monteiro (FE/UNICAMP (Vice Presidente))

Ailton Sampaio Pinto (estudante UNICAMP)
Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)

Bianca Paiva (estudante UNICAMP)

Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da revista Mouro)

Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)

Ewerton Machado (UFAC)

Ivânia Lipú Silvério (estudante UNICAMP)

Jackeline Mendes (FE/UNICAMP)

John Alexandre Dias Restrepo (estudante UNICAMP)

José Carlos Moreira da Silva Filho (PUCRS)

Josianne F. Cerasoli (DeDH/UNICAMP)

Lavínia Cunha (estudante UNICAMP)

Lucila Chaves Fonseca (estudante UNICAMP)

Luzneri Aguiar Azevedo (estudante UNICAMP)

Mariana Peixoto (UFU)

Melillo Dinis (Instituto Lampião)

Rodrigo Gomes da Silva (estudante UNICAMP)

Rubens Naraikoe Suruí (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Simone Hashiguti (IEL/UNICAMP)

Valéria Aroeira (Pesquisadora Phala/FE-UNICAMP)

Wagner Romão (IFCH/UNICAMP)          

 

Comissão Científica (ordem alfabética):

Agnaldo Arroio (FE/USP)

Alexandrina Monteiro (FE/UNICAMP)

Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)

Claudia Wanderley  (CLE/UNICAMP)

Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)

Ewerton Machado (UFAC)

Jackeline Mendes (FE/UNICAMP)

José Carlos Moreira da Silva Filho (PUCRS)
Josianne F. Cerasoli (DeDH/UNICAMP)

Mariana Peixoto (UFU)

Paula Vermeersch (UNESP)

Simone Hashiguti (IEL/UNICAMP)

Suzi Sperber (IEL/UNICAMP)

Wagner Romão (IFCH/UNICAMP)


Programação:        

24 de outubro de 2022 – Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

9h – Abertura

Claudia Wanderley (CLE), Alexandrina Monteiro (FE), Josianne Cerasoli (DeDH), Anna Christina Bentes (IEL), Wagner Romão (IFCH)

Mediação: Bianca Paiva (estudante UNICAMP)

11h – Desinformação, fake news e estratégias político-eleitorais

Glês Nascimento (Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins),

Rudolfo Lago (Congresso em Foco)

Ricardo Ismael (PUC/RJ)

Mediação:  Melillo Dinis (Instituto Lampião)

14h – Jornalismo e liberdade de expressão

Cristina Serra (Jornalista e Escritora)

Kátia Brasil (Amazônia Real)

Juliana Dal Piva (Jornalista)

Mediação: Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)

16h – Direito à Informação e Estado Democrático

José Carlos Garcia (Juiz Federal TRF2 e AJD)
Artur Scarvone (USP)

Mediação: Francisco del Moral Hernandez (FATEC)

18h30 – Programação Cultural no campus (Exibição de Cidadão Boilesen & debate com o Diretor Chaim Litewski)

25 de outubro de 2022 – Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

9h – Educação dos povos originários na conjuntura atual

Gamalonô Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Tiago Oyiteor Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Mediação: Alexandrina Monteiro (UNICAMP)

11h – Verdade, política e bom senso

Suzi Sperber (UNICAMP)

Itala D’Ottaviano (UNICAMP)

Mediação: Anna Christina Bentes (UNICAMP)

14h-  Gênero, raça, desigualdades e democracia

Amara Moira (BuzzFeed/Uol Esporte/Descomplica)

Carla Rodrigues (UFRJ)

Glenda Melo (UNIRIO)

Karla Bessa (UNICAMP)

Mediação: Mariana Peixoto (UFU / UnB) e Nayara Souza (UFMG)

16h – (In) Justiças e Direitos tortuosos – Imigrações no Brasil Contemporâneo

Luís Renato Vedovato (UNICAMP)

Rosana Baeminger (UNICAMP)

               

Mediação: Marcelo Vicentim (UNICAMP)

26 de outubro de 2022 – Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

9h – Cultura e comunicação nos povos originários na conjuntura atual

Gasoda Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Ubiratan Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Mediação: Simone Nogueira (Pesquisadora Psicologia Afrocentrada)

11h – Reflexão, militância e Direitos Humanos

Adail Sobral (FURG)
Junia Zaidan (UFES)
Claudia Wanderley (UNICAMP)

Mediação: Paula Vermeersch (UNESP)

14h-  Discurso de ódio e seus impactos na agenda política e social brasileira

Eugênio Bucci (USP)

Ivana Bentes (UFRJ)

Walter Carnielli (UNICAMP)

Mediação: Filipe Campello (UFPE)

16h – Arte como máquina de guerra

José Rodrigues Máo Jr. (Instituto Federal de SP)    

Marina Mayumi Bartalini (Artista visual, pesquisadora)

Marcelo Vicentin (UNICAMP)

Mediação: Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da revista Mouro)

27 de outubro de 2022 – Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

9h – Governança e educação superior dos povos originários na conjuntura atual

Adriano Pawah Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Uraan Anderson Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Rubens Naraikoe Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá)

Mediação: Jackeline Mendes (UNICAMP)

11h – Educação Linguística e Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural 

Simone Batista da Silva (UFFRJ)

Alexandre Cadilhe (UFJF)

Daniel de Mello Ferraz (USP)

Mediação: Simone Hashiguti (UNICAMP)

14h-  Papel do ativismo digital

Rita von Hunty (Tempero Drag)

Manuela D’Ávila (Instituto E Se Fosse Você?)

Renê Silva (Favela do Alemão)

Maria da Conceição Oliveira (Blog Maria Frô/Revista Fórum)

Mediação: Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)

16h – “Balanço e Perspectivas da Justiça de Transição no Brasil”

José Carlos Moreira da Silva Filho (PUC-RS)

Fábio de Almeida Cascardo (ALERJ)

Vera Vital Brasil (Psicóloga – membro do Coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação do Rio de Janeiro (MVJR/RJ))

Mediação: José Carlos Moreira da Silva Filho (PUC-RS)

28 de outubro de 2022 – Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

9h – Povo Kayapó-Mekrãgnotí na conjuntura brasileira atual

Mydjere Kayapó Mekrangnotire (Instituto Kabu)

Doto Takaire (Instituto Kabu)

Mediação: Ewerton Machado (UFAC)


11h – Lançamento de Livros

“O negócio do Jair – a história proibida do clã Bolsonaro” de Juliana Dal Piva

“Crítica dos Afetos” de Filipe Campello

“Jornal Nacional, um ator político em cena: Do impeachment de Dilma Rousseff à eleição de Jair Bolsonaro” de Eliara Santana

Mediação: Mariana Peixoto 

14h- Internal Meeting

Alexandre Sayad (International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance)
Alireza Bastani (AIMEL, Iran)

Claudia Wanderley (UNICAMP University)

Sherri Hope (Temple University, EUA)
Wallace Gichunge (Centre for Media and Information Literacy, Kenya) 

Mediação : Paula Vermeersch (UNESP)

16h – Impacts of Artificial Intelligence in Media and Information Literacy

Alexandre Sayad (Brazil)

Rachel Fischer (South Africa)

Ibrahim Kushchu (Turkey)

Mediação: Claudia Wanderley (Brazil)

31 de outubro de 2022 – Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

9h – Comissão da Verdade na Universidade e Cidadania

Angela Carneiro Araújo (PAGU/UNICAMP – Membro Titular Comissão da Verdade da UNICAMP)
Caio Navarro de Toledo (CEMARX/UNICAMP – Membro Titular Comissão da Verdade da UNICAMP)

Mediação: Josianne Cerasoli (Observatório de Direitos Humanos/UNICAMP)

11h – Letramento Político, Direito à Memória e à Justiça

Movimento Mães de Maio (Representante)
Instituto Vladimir Herzog (Representante)

Mediação: Josianne Cerasoli (UNICAMP)

14h – Xilomóvel Ateliê Itinerante em Reflexão: Sobre as Conjunturas Brasileiras

Luciana Taniguti Bertarelli

Simone de Arruda Peixoto

Marcio Elias Santos

16h – Encerramento

Wagner Romão (IFCH),  Simone Hashiguti (IEL), Jackeline Mendes (FE), Josianne Cerasoli (DeDH), Claudia Wanderley (CLE)

18h – Programação Cultural no campus – Apresentação da curimba do Terreiro do candieiro Baiana Zé do Coco no Teatro de Arena da UNICAMP

Repertório de Resistência

7 de novembro de 2022 – Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022

18h30 – Programação Cultural no campus (Exibição de Hotel Everest & debate com a Diretora Cláudia Sobral e com Michel Gherman, protagonista do filme)

 

Atividades Culturais no campus – Conjunturas do Brasil: MILWEEK 2022

 

Oficinas de Xilogravura com Xilomóvel

onde: Vão do Ciclo Básico na UNICAMP



dias de outubro

3a dia 04 a tarde

5a dia 06 a tarde

5a dia 13 a tarde

5a dia 20 a tarde

5a dia 27 a tarde


dia de novembro

5a dia 03 a tarde

 

Filmes e na sequência debate com os Diretores

  • onde: Casa do Lago na UNICAMP

  • segunda feira, dia 24 de outubro de 2022 às 18h30
    Mediação: Valéria Aroeira (Pesquisadora Phala/FE-UNICAMP) e e Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da Revista Mouro)

 

Exibição do filme “Cidadão Boilesen” e debate com o Diretor Chaim Litewski

 

Carioca, nascido em 1954. Graduou-se (Graduação e Pos-Graduação) na Polytechnic of Central London (Westminster University), em cinema, especializando-se em propaganda e conflito. Escreveu para publicações do British Film Institute, e produziu documentários de televisão para o Channel Four, da Inglaterra. Trabalhou na TV Globo em Londres e no Rio de Janeiro. Foi diretor da Fundação Antares (Rádio e Televisão Educativa do Piauí). Produziu reportagens especiais para CBC (Canadá), RAI (Itália), NBC (EUA) e muitas outras redes de televisão internacionais. Trabalhou na LIESA/RJ entre 1988 e 1989. Em 1991, Chaim ingressou nas Nações Unidas em Nova Iorque. Antes de se aposentar em setembro de 2016, dirigiu a Seção de Televisão da ONU. Produziu e dirigiu dezenas de programas, documentários e reportagens sobre conflitos, emergências humanitárias, direitos humanos e questões ambientais em mais de 100 países. Cobriu guerras na América Latina, Oriente Médio, na antiga Iugoslávia, Cáucaso, Ásia Central, Melanésia e em toda a África, incluindo o genocídio de Ruanda. Foi curador e organizador de várias exposições e mostras de filmes. Foi consultor do documentário “Mais Além do Cidadão Kane” de Simon Hartog sobre a história da Rede Globo, e diretor e produtor do documentário “Cidadão Boilesen”. Atualmente dirige 4 documentários sobre a história recente do Brasil. 

 

Cidadão Boilesen, Um dos 100 melhores documentários brasileiros: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_100_melhores_document%C3%A1rios_brasileiros_segundo_a_ABRACCINE

 

Exibição do filme “Hotel Everest” e debate com a Diretora Cláudia Sobral e Michel Gherman, protagonista do filme.

  • onde: Casa do Lago na UNICAMP

  • segunda feira, dia 7 de novembro de 2022 às 18h30
    Mediação: Valéria Aroeira (Pesquisadora Phala/FE-UNICAMP) e e Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da Revista Mouro)

Premiada documentarista, antropóloga  cultural, e curadora. Nascida em São Paulo, viveu nos Estados Unidos e Europa, cultivando assim uma perspectiva global que informa, influencia e impacta fortemente seu trabalho. Atualmente vive na Califórnia. Claudia é descendente de sobreviventes do Holocausto. Em 2006, durante uma viagem a Berlim, teve despertada sua curiosidade sobre as  experiências de vida dos descendentes de nazistas. Realizou assim seu primeiro documentário de longa  metragem, “Os Fantasmas do Terceiro Reich’’, que foi exibido no National Geographic Channel na Ásia, América do Sul, Europa e Austrália, e no History Channel da Itália. “Hotel Everest’’, seu mais recente documentário,  narra as experiências de ativistas palestinos e israelenses  que lutam pela paz no Oriente Médio. Além disso, Claudia tem quase duas décadas de experiência em museologia e artes comunitárias em Nova Iorque e Los Angeles, incluindo um projeto de pesquisa e exibição organizado pelo Japanese American National Museum de Los Angeles intitulado Transpacific Borderlands (Fronteiras Trans-Pacíficas), que foca em conceitos como pátria, identidade, etnia, e cosmopolitismo que informam a criatividade e a estética da diáspora japonesa no Brasil, Peru, México e Estados Unidos.

Michel Gherman possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000), mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém (2007) e doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014). Michel atualmente é pesquisador do instituto de pesquisa Ben-Gurion e é professor adjunto do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além disso, Michel Gherman é coordenador do NIEJ (Centro Interdisciplinar de Estudos Judaicos) do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador convidado do Centro de Estudos do Judaísmo da Universidade de São Paulo. Michel também é diretor acadêmico do Instituto Brasil-Israel.


Sobre o  Hotel Everest:

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/07/1905750-israelenses-e-palestinos-se-encontram-no-documentario-hotel-everest.shtml

 

Trailer: https://vimeo.com/manage/videos/231322915 

 

Acesse também:

– Página do evento:

https://www.cle.unicamp.br/cle/conjunturas-do-brasil-milweek2022

– Página do evento no Instagram:

https://www.instagram.com/milweek.unicamp/

– Página do evento no Facebook: https://fb.me/e/2O8ptl0P1
Esperamos vocês!

#milkweek2022 #conjunturasdobrasil #letramento #letramentomidiáticoeinformacional #unicamp 

Canal Youtube de Transmissão: https://www.youtube.com/user/Multilinguisme 

Saiba mais: https://pt.wikiversity.org/wiki/Letramento_Midiático_e_Informacional_e_Diálogo_Intercultural_-_UNESCO_e_UNICAMP 

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/07/1905750-israelenses-e-palestinos-se-encontram-no-documentario-hotel-everest.shtml

Trailer: https://vimeo.com/manage/videos/231322915 

Lançamento | Documentário “Saúde é independência – Unicamp e SUS”


O documentário “Saúde é independência – Unicamp e SUS” integra campanha institucional de valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) elaborada pelo Grupo de Estudos e Ação em Saúde Pública do Instituto de Estudos Avançados (IdEA) da Unicamp. O lançamento ocorre no dia 06/10, às 15h30, no Auditório da FCM.

Sob coordenação de Gastão Wagner, professor da Faculdade de Ciências Médicas, o grupo tem promovido iniciativas com o objetivo de sensibilizar a comunidade universitária e o público externo sobre a importância do SUS para garantir o direito universal à saúde, preservar a história de pessoas da Unicamp que contribuíram com sua implantação e evidenciar a presença do SUS nos serviços de saúde prestados pela universidade.

Assista ao Teaser do documentário:

 

Seminário – Retomadas, o debate: arte, memória e direitos


RETOMADAS é título de um dos núcleos da exposição Histórias Brasileiras, organizada pelo MASP,  aberta de 26/08 a 31/10/2022. Com Curadoria de Sandra Benites e Clarissa Diniz, o núcleo reúne documentos e obras que refletem acerca deste processo que toma a luta pelo direito à terra como sua coluna vertebral e se estende às línguas, corpos, imagens, representações e representatividades.

Como denota sua própria trajetória no âmbito do MASP – posto que este núcleo foi cancelado e posteriormente retomado –, diante da necropolítica e da violência institucional, é incontestável que as retomadas são esforços de reflorestamento do “imaginário brasileiro”, semeando-o com outras existências e histórias.

RETOMADAS, O DEBATE é uma ação organizada pelas curadoras e parceiros (André Vilaron, Edgar Kanako Xakriabá, Acervo João Zinclar e Coletivo de Arquivo e Memória do MST),  para documentar e ampliar discussões sobre o direito à terra, à memória e à arte. O projeto visa amplificá-las em forma de uma publicação e de diversas ações públicas organizadas de forma colaborativa.

O Seminário em parceria com a Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp objetiva integrar as ações deste debate, especialmente focado nas interações entre arte, memória e direitos humanos.

Participantes do seminário:

 

Mediação: Prof. Dr. Gilberto Alexandre Sobrinho

 

Palestrantes:

 

Do Núcleo Retomadas

Clarissa Diniz (Recife, 1985. Reside no Rio de Janeiro) é curadora e crítica de arte. É mestre em história da arte pelo PPGArtes/UERJ e, atualmente, é doutoranda em antropologia pelo PPGSA/UFRJ. Foi editora da revista Tatuí e publicou inúmeros catálogos e livros, a exemplo de Crachá – aspectos da legitimação artística (Ed. Massangana, 2008). Curou diversas exposições e, entre 2013 e 2018, atuou no Museu de Arte do Rio – MAR, onde organizou mostras como Pernambuco Experimental (2013) e Dja Guata Porã: Rio de Janeiro indígena (2017). É professora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

 

Sandra Benites Guarani Nhandewa – Professora de ensino fundamental e médio. Licenciada em história e filosofia. Mestra em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ.Doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ. Atuou como  curadora da exposição Dja Guata Porã, no museu de Arte do Rio-Mar. Fui curadora adjunta de Artes Brasileira no Masp, curadora do núcleo Retomada na exposição de história brasileira no Masp.

 

Do Coletivo de Arquivo e Memória do MST

O coletivo foi formado em 2014 com o objetivo de centralizar a tarefa de gestão e preservação dos documentos do Movimento, mas não só: também refletir e massificar o debate sobre patrimônio cultural, a importância da memória para os movimentos sociais através de formação e articulação com outros acervos da classe trabalhadora.

Jullyana de Souza –  Historiadora e Mestra em História Econômica pela Universidade de São Paulo e mestranda do programa Memória e Acervos da Casa de Rui Barbosa.Integrantes do Coletivo de Arquivo e Memória do MST

Lucimeire Barreto Rocha, natural de Jauru-MT residindo em São Paulo a 5 anos. Filha de assentados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST em 1997. Militante do MST desde 2009, contribuiu no setor da juventude, coordenou o Centro de Formação e Capacitação Olga Benário Prestes em Várzea Grande – MT, hoje faz parte do Coletivo de Arquivo e Memória Nacional do MST em São Paulo – SP. Formada em História pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em parceria com o Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITERRA), iniciado em 2013 e finalizado em 2017. Mestranda pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) iniciada em 2020.

 

Do Acervo João Zinclar

O arquivo de imagens, resultante do trabalho do fotógrafo Zinclar, entre 1994 e 2013, foi reconhecido publicamente por seus parceiros como um instrumento de comunicação visual dedicado exclusivamente para questões e objetivos dos movimentos sociais em suas lutas anticapitalistas e de enfrentamento às práticas colonizadoras. Após seu falecimento, em 19 de janeiro de 2013, este arquivo se converteu no Acervo João Zinclar, uma organização sem fins lucrativos coordenado por Sônia Fardin, historiadora, e Victória Ferraro Lima Silva, filha do fotógrafo.

Sônia Fardin – Historiadora e curadora de acervos visuais. Mestre em História (IFCH-UNICAMP – 2001) e doutora em Artes Visuais (IA-UNICAMP – 2016). Mora em Campinas. Foi coordenadora do Museu da Imagem e do Som de Campinas (1995-2002), diretora do Departamento de Memória, Patrimônio e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas (2002-2004), colaboradora do Acervo Thomaz Perina (2007-2010) e curadora do acervo fotográfico do Museu da Imagem e do Som de Campinas (2013 – 2017). É pesquisadora do Acervo João Zinclar e colaboradora da Casa de Cultura Tainã, da Rede de Memória e Museologia Social de São Paulo, do Coletivo Socializando Saberes e do Centro Cultural Esperança Vermelha.

O evento ocorre no dia 07/10/2022, às 14h, no Auditório Raízes, localizado à Rua Sérgio Buarque de Holanda, 800 – CB 54, Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, e será transmitido ao vivo no Canal da Diretoria Executiva de Direitos Humanos no Youtube.

Para participar, é necessário realizar a inscrição no link: bit.ly/retomadas0710

Lançamento: Mapeamento de Boas Práticas e Pesquisa Bem(con)viver


Nos últimos anos, a Unicamp tem passado por muitas mudanças, há desafios que permanecem e se complexificam e respostas inovadoras construídas pela comunidade acadêmica e em âmbito institucional. Convidamos toda comunidade universitária a contribuir com duas iniciativas diferentes e complementares que visam a conhecer essa realidade e produzir ações de apoio à boa convivência, à permanência estudantil e à equidade, diversidade e inclusão:

1️⃣uma pesquisa sobre desafios à boa convivência e à permanência na Unicamp, direcionada a estudantes de graduação e pós-graduação – acesse em bit.ly/bemconviver;

2️⃣ um mapeamento sobre boas práticas na promoção de Direitos Humanos, direcionada a toda a comunidade acadêmica – acesse em bit.ly/mapeaodh.

Ambas as iniciativas são de responsabilidade da Pq. Dra. Regina Facchini (Pagu/Unicamp) e realizadas em parceria com a Comissão Assessora de Gênero e Sexualidade e o Observatório de Direitos Humanos da Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH) da Unicamp.

Os formulários ficarão disponíveis para resposta até 10/11/2022.

Na próxima quarta-feira, dia 28/09, às 11h, será realizado um evento on line de lançamento da pesquisa, para responder possíveis dúvidas. Você pode enviar suas perguntas para o e-mail: mapeaodh@unicamp.br

Contamos com a sua participação!